quinta-feira, 25 de março de 2010

Quarta Feliz!


Ontem foi um Fuck Yea Day.
Geralmente só vou trabalhar depois do almoço, mas ontem eu precisava sair cedo. Deixaria minha criança dormindo sozinha, já que mamãe estaria em casa, e quando ela acordasse a babá já estaria aqui. Lá pelas 7h30 levantei e, adinhem só: a criança também. Pensei: "pronto! Mais um Fuuu Day".
Mas não.

Enquanto eu fazia o café, mamãe chegou da caminhada e comemos juntas. Ela apareceu com um pão coberto com queijo não sei de onde, e nada melhor do que comer algo gostoso pra começar o dia bem.
Eu já estava comentando, desanimada, que teria que levar a criança pro trabalho (pense numa coisa DIFÍCIL), andar com ela no colo por Resende e Penedo, e voltaria pra almoçar em casa, deixando-a com a babá pra voltar ao trabalho. Mamãe respondeu: "mas é claro que não! Eu fico com ela!". Eu disse que ela não conseguiria fazer nada até a babá chegar. Ela disse que tudo bem. Wow!

Troquei de roupa e saí de casa. Quando fechei o portão, dei de cara com o casal de vizinhos que mora ao lado saindo de carro. NO 1km à pé. YES carona. Não fiquei no ponto de ônibus nem por três minutos. NO atrasos. E fui até Resende feliz, muito feliz. Esses dias tomei vergonha e organizei uma pasta de MP3 novas pro meu celular. Agora eu ouço Lady Gaga de manhã, pra preguiça não tomar conta, e volto pra casa no fim da tarde ao som de Queen, Michael Jackson, Aerosmith, Oasis, e outros melhoradores de humor.

Fiz compras pra loja e passei na farmácia pra comprar umas coisas pra mim. O creme dental que eu queria estava em promoção. Perguntei a hora pra moça do caixa - 10h30. Pensei "Fuuu, perdi o bus!". Fui até o ponto, que é na porta da farmácia, e o bus chegou junto comigo. Pensei "Fuck yea, não perdi o bus!". Tinha lugar pra sentar, coisa rara.
O ônibus pra Penedo pode passar por dois caminhos. A maioria vai pelo Martinelli, um bairro residencial, e alguns pela Granja, a estradinha que passa pelo portal de Penedo - é o caminho mais curto. Qualquer um deles serve pra mim. Nunca sei qual ônibus passa por onde e geralmente pego o Martinelli mesmo, mas era realmente uma Quarta Feliz e dei um sorrisinho de canto de boca quando o ônibus não virou pra entrar no Martinelli.

Chegando na loja, outro sorrisinho de canto de boca quando descobri uma garrafa de coca-cola gelada.
Deu tempo de fazer tudo e deu tempo até de dar atenção pro Al, acho que já tinha uns 15 dias que não fofocávamos. No meio da fofoca, fui surpreendida pelo meu toque de celular super legal que diz "Hey, Apple!". Foi a primeira vez que escutei sem ser propositalmente. Voltei pra casa ouvindo música e consegui outra carona do ponto de ônibus até a minha casa.
Chegando na cozinha, tchanaaam! Mamãe tinha feito arroz, feijão preto, bife de frango e batata frita pro almoço - e eu amo muito tudo isso.

Voltei pra Resende, fiz o que tinha que fazer do trabalho e fui até o trabalho da Tatá. Foi aí que a Quarta Feliz mostrou como é que se faz. Tatá, Dodô e eu ficamos falando bobagem, bebendo coca-cola e comendo biscoito com pastinha e nutella-não-original-porém-gostosa. Na verdade o Dodô não comeu, porque está numa dieta de NO glúten e NO lactose at all. E pra fechar bombando, Tatá decorou as minhas unhas!!! Vide foto above.

É claro que tanta sorte não duraria para sempre. Tive meu momento Cendrillion. Assim que passou da meio noite, virei abóbora (hey, Plumpkin!). Minha criança começou a se comportar como um gremlin, fui atingida pela enxaqueca cruel, acabou a bateria do celular, me queimei fervendo leite... Mas aí corri pra cama o mais rápido que pude e quebrei a maldição. A gente dorme, o dia acaba e "amanhã será um lindo dia". E o dia amanheceu lindo mesmo. Hoje vou conhecer meu cunhado. Depois conto pra vocês.

sábado, 20 de março de 2010

Lady Murphy usa calcinha rosa aos sábados


Hoje eu precisava acordar cedo pra terminar duas provas, porque era o último dia pra entregar. Sábado a babá da minha criança só vem das 14 às 18h, mas eu contava com o fato de que ela sempre dorme até umas 11h. Programei o celular pra me acordar lá pelas 6h, mas só lá pelas 7h eu finalmente consegui me desgrudar da cama e levantar, mesmo com dor de cabeça. Deixei a criança na cama e fui ao banheiro. De repente, meu outro celular começou a gritar. Eu sempre coloco o despertador pra vibrar, assim eu acordo, mas a criança não. Quem teria programado o outro telefone, que quase não uso, pra gritar em alto e bom som tão cedo num sábado? A criança, com seus dedinhos curiosos!

Saí correndo do banheiro e desliguei o celular. Voltei pro banheiro, esfreguei minha cara cansada com água fria e sabonete de camomila, penteei as sobrancelhas e saí. Dei de cara com a criança, já sentada na cama, me olhando com olhinhos arregalados. Levei-a até o carrinho, onde ela costuma dormir, e balancei pra lá e pra cá durante uns dez minutos. Nada. Levei pra cama, deitei junto, falei pra ela ficar quietinha, fechei os olhos e fingi dormir. Vinte minutos depois conferi e ela estava quietinha, com os olhos ainda arregalados. Desisti, troquei a fralda e lavei o rosto dela e fui até a cozinha. Mamadeira de farinha láctea e desenho da Turma da Mônica, pra ver se o sono vinha.

Assim ficamos até umas 10h, quando meu pai resolveu pegar a criança no colo: "vem mimir com o vovô". Eu desencorajei, disse que ela não queria dormir de jeito nenhum, mas não demorei nem cinco minutos pra preparar um café e, quando vi, a criança estava desmaiada no colo do meu pai. Claro, ele é avô. Colo de avô deve ser muito bom mesmo. Eu não passo de quê... mãe dela? Haha!

A criança dormiu até 13h. Aproveitei para digitar a primeira prova. Era uma resenha sobre um filme que não tive tempo de assistir, rs. Pesquisei e enchi linguiça e terminei. Na hora de enviar, o site da faculdade estava fora do ar. Joguei uma partida de paciência spider enquanto esperava o tempo passar, o site voltar - e a minha calma também.

Consegui enviar a primeira prova e parti para a segunda. Cálculo. Números. Contas. Limite. Logaritmo. Função. Seria fácil e rápido, mas não houve saco para isso. Liguei o botão (esse aí mesmo que vocês estão pensando) e fui fazer outras coisas, como lavar fraldas. Parei quando a criança acordou, almocei e saí. Recebi uma visita inusitada na loja, ganhei bolo de banana e um ovo de chocolate que explode na boca! É difícil eu ter uma surpresa boa, mas quando acontece, vale por dez!

Quando voltei do trabalho, no fim da tarde, fazia sol. Eu estava usando óculos escuros e boina. Desci do ônibus, que fica a uns 500 metros da minha casa, e comecei a caminhar. De repente olhei pro céu e vi uma nuvem escura que se movia muito rápido. Foi interessante ver a chuva chegando. O chão a minha frente estava seco e a cotina molhada se aproximava. O vento começou a fazer barulho de filme de terror e quase me carregou várias vezes.

Quando a chuva chegou, ventava tão forte que os pingos batiam contra mim como agulhas de gelo. Cheguei a pensar que era granizo. No começo doeu, mas após alguns minutos meus braços ficaram dormentes. Baixei a cabeça. Os óculos e a boina serviram pra proteger meus olhos e eu andava com força no sentido de casa como se estivesse nadando contra a correnteza de um rio. Tive medo de ser arremessada e tive medo dos raios e trovões.

Quando enfim cheguei em casa, ensopada e dormente, fui direto até a lavanderia. Tirei a boina e os tênis e meias e coloquei minha mochila na secadora. Entrei em casa e fui direto pro chuveiro, pensando que não ficaria doente se tomasse um banho quente imediatamente. Quando abri a torneira do chuveiro, a luz acabou. Tomei um banho gelado mesmo. Assim que terminei, a luz tinha voltado e a chuva tinha acabado. O céu estava azul.

Meu pai contou que estava abrigado num restaurante próximo durante a chuva e me viu passar. Disse que uma árvore caiu no exato lugar onde passei, alguns segundos depois de eu passar. Não ouvi nada, mas vocês estão vendo como poderia ser pior? ahuauahuahauhuahuah

Mais tarde fui até a lavanderia pegar minha mochila e ela ainda estava molhada. A secadora, queimada. Pelo quintal estavam espalhadas coisas como baldes, pedaços de telha sabe-se lá de onde, e a nossa goiabeira, que caiu. E olha que era grande! Mais aí olhei pra cima e vi tantas estrelas...
Fuck yea!

Agora vou colocar a criança pra dormir e depois tenho que terminar a sobremesa pro almoço de amanhã. Vou guardar um pedacinho do doce e fazer uma oferenda para a Lady. Quem sabe não funciona?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Desventuras em série


Hoje vou ensinar vocês a lidar com a zica.
Os carros sempre passam por poças de lama e molham/sujam você no ponto de ônibus? Aprenda a olhar para suas pernas, pensar "eu pareço um pinto molhado" e rir disso.
Tudo começou na quinta-feira. Dé me chamou pra ir num showzinho de MPB+jazz no sábado à noite em Penedo.

Na sexta-feira de manhã liguei para o lugar e descobri que o show iria das 21 às 23h30. Mandei um recado pro Dé dizendo que terminava tarde e ia ficar complicado voltar pra casa, mas à tarde o pai da minha criança ligou dizendo que dormiria com ela de sábado pra domingo. À noite esbarrei com o Dé no MSN e disse que estaria livre no sábado à noite, (deixa eu resumir a história e pular a parte do drama) então combinamos que eu ia comprar meu ingresso no sábado de manhã, se ainda tivesse. Iríamos no negócio em Penedo à noite, depois eu ia dormir na casa dele e no domingo acordaríamos cedo pra fazer um tal de um risoto de cogumelos, porque o pai da minha criança disse que ia devolvê-la logo após o almoço e eu não poderia demorar pra voltar.

No sábado liguei pro lugar e me disseram que só reservavam mesa pra quem pagava na hora, e podia comprar lá em Penedo ou em Resende. Eu dei uma choradinha, disse que morava em Itatiaia, tava sem carro... Depois de uns cinco minutos resolveram reservar meu ingresso pelo telefone mesmo e me deixaram pagar quando chegasse lá. Me fizeram jurar que eu iria mesmo, aí eu disse que tinha até uns amigos em Resende que já estavam com o ingresso comprado e eu ia sim, mas que ligaria se acontecesse qualquer coisa.

Uma hora depois, recebo uma ligação do Dé:

"Então, jã comprou o ingresso?"
"Não."
"É que a minha avó apareceu aqui em casa, daí a minha mãe não vai mais, daí você fica com o ingresso dela, daí a gente vai e eu te deixo em casa depois, pode ser?"
"Pode."

Liguei pro lugar novamente, meio sem graça, tentando explicar um "é, então, sabe aqueles meus amigos de Resende? Pois é, descobri que eles já tinham comprado o meu ingresso. Pô, foi mal aí, hein?!"

Então tá. Fiz algumas coisas que precisava em casa e fui dar só uma olhadinha no meu jogo de RPG. Fiquei puta com ele, mas mesmo assim me envolvi e perdi a noção do tempo e me atrasei. Tomei banho correndo e me arrumei. Não dava mais tempo de pegar ônibus direto pra Penedo, nem de pegar um que passa aqui na frente de casa até o Centro, e não tinha ninguém pra me dar uma carona. Peguei uma bolsa pequena (já que eu ia voltar pra casa depois) e saí. Consegui carona com um amigo que estava passando, o que me economizou 1km de caminhada. Peguei um ônibus pra Resende, desci na estrada e fiquei esperando um de Resende pra Penedo. Cheguei no ponto às 20h18 e percebi que o ônibus que saía de Resende às 20h já tinha passado. Tudo bem, eu esperaria pelo ônibus das 20h30, que chegaria certamente antes das 20h48, pela lógica. Nada disso. Quando ele passou já eram cinco pras nove. E eu nem tava com medo dos caminhoneiros que paravam no acostamento e ofereciam carona.

Cheguei na loja uns 5 minutos antes do Dé passar lá pra gente ir. Chegando no carro descobri que a mãe dele tinha resolvido ir, mesmo com a mãe dela em casa. Chegamos no lugar e a nossa mesa era (a mais) próxima do palco. O show começou e eles tinham um jeito peculiar de tocar. Um pouco improvisado, digamos. Um cara no teclado e uma mulher cantando e tocando percussão. Durante o show, saímos uma vez e não voltamos mais. Lá fora estava fresquinho, podia fumar, o céu estava estrelado e o som não era tão alto - dava pra conversar. Depois de alguns minutos a mãe do Dé e a amiga dela se juntaram a nós e ficamos lá esperando até que o Pé de Canela não estivesse mais tão cheio e a amiga da mãe do Dé pudesse comer os pastéis de camarão e tomar a caipirinha de lá.

Ficou combinado que o Dé ia beber e a mãe dele seria a motorista da rodada.
Já no Pé de Canela, discutíamos sobre o que fazer de sobremesa para o risoto. Eu disse pro Dé que podia levar sorvete, só que ia chegar meio derretido.

"Como você vai levar sorvete?"
"Na mão, ué. Numa sacolinha" (dã)
"Você não vai dormir lá em casa?" (eu vou?)
"Eu vou?"
"Eu achei que ia" (hã?)
"É, então não tem sorvete" (...)

Só na hora de ir embora, quando a mãe do Dé disse pra nós dois irmos atrás no carro porque a amiga dela ia descer primeiro, é que eu percebi que ela não tinha a mínima idéia de que eu ia pra minha casa. E o tanto que ela parecia cansada era o mesmo tanto que minha casa é fora de mão. Eu não ia ter coragem de querer ir pra casa e fui dormir em Resende. Passamos na farmácia porque o Dé tava morrendo de uma dor estranha.

Eu não tinha levado roupa pra dormir, nem nada pra tirar a maquiagem, nem escova de dentes - afinal, eu ia dormir em casa. Peguei uma roupa do Dé, escovei os dentes com os dedos e tirei o que pude da maquiagem com água e sabão.

Acordei às seis com areia nos olhos (não era areia, era resto de rímel). Quando levantei, vi que o pior não era a falta de escova de dentes, mas a falta dos meus óculos escuros. Enfrentei o sol corajosamente e fui ao mercado. Não sem notar que parte da sola da minha sandália tinha quebrado e sumido no mundo. E as tiras da sandália ficam coladas na sola. Bom, elas ainda estavam no lugar, então provavelmente não descolariam dali. Vamos nessa.

O risoto ficou uma delícia e a sobremesa foi uma mousse de Bis! Prática, rápida e gostosinha. Não tinha passado muito tempo após o almoço quando minha mãe ligou dizendo que minha criança já estava em casa! Saí apressada e fui para o ponto de ônibus perto da casa do Dé. No caminho notei que uma das três tirinhas da sandália já tinha descolado da sola. Mais uma e eu estaria descalça. Fui andando devagar e pensando positivo, como diria Tatá: "Lady Murphy não está de calcinha rosa hoje, Lady Murphy não está de calcinha rosa hoje..."

O ônibus demorou, é claro. Quando consegui chegar na rodoviária descobri que ainda faltava meia hora pra sair o próximo ônibus pra Itatiaia. Esperei pacientemente e liguei pra casa explicando sobre a sandália e pedindo pro meu pai me buscar na rodoviária de Itatiaia.

--------- pausa ---------

Minha menstruação estava atrasada havia duas ou três semanas. Já estou acostumada com ela, vem quando quer. Não dá pra esperar nunca. Eu não podia tomar pílulas porque estava amamentando. Minha criança só parou de mamar definitivamente no mês passado, então comprei pílulas e estava esperando o primeiro dia da menstruação pra poder começar a tomar.

Quando minha última menstruação completou um mês, comecei a usar absorventes pra sair de casa. Chato, mas melhor do que manchar as calças de sangue no meio da rua estando a quilômetros de casa.

No sábado à noite eu estava usando um absorvente e tinha um reserva na bolsa. Só um, já que eu ia dormir em casa. Como não dormi em casa, usei esse reserva pra dormir e tirei quando acordei de manhã. Poderia ter comprado mais quando fui ao mercado, mas pensei "nossa, são três semanas de atraso, essa maldita não vai aparecer justo hoje, é impossível"

--------- fim da pausa ---------

Quando desci do ônibus em Itatiaia senti uma coisa quente escorrendo pela minha calça. "Não. Eu não acredito nisso. Isso não pode estar acontecendo. CADÊ VOCÊ, PAI?"
Um conhecido passou por mim enquanto eu esperava meu pai. Eu cumprimentei, mas ele deve ter achado que eu estava passando muito mal com aquela cara de "aaahhh!".

Chegando em casa, pedi pra minha mãe distrair a criança por cinco minutos porque eu corria o risco de ter ficado menstruada. Palpite certo. Deixei a roupa de molho (ainda bem que não sujei o banco do carro!) e, quando estava quase ficando puta, lembrei de uma coisa. Mesmo começando a sentir a cólica que sempre vem após as primeiras gotas de sangue, saí vitoriosa do banheiro, peguei minha cartela de pílulas e fui em direção à cozinha.

Tomei meu primeiro comprimido anticoncepcional em 2 anos e 7 meses! Menstruação surpresa NUNCA MAAAIS!!! Calendários marcados com os dias vermelhos de Janeiro a Dezembro again!

A minha falta de sorte não consegue me derrubar. O meu azar chega perto e eu rio da cara dele (e da minha). Por isso quero transmutar a foto lá de cima nessa aqui:


Enquanto escrevo, a cólica me incomoda e eu ainda tenho que sair pra trabalhar, e andar pra lá e pra cá em Resende, e ir a Penedo. Mas se perguntarem do meu fim de semana eu vou dizer que fui num showzinho de MPB, comi um delicioso risoto de cogumelos, e mousse de Bis, e voltei a tomar pílulas.

\o/

segunda-feira, 8 de março de 2010

Nosso dia!


Eu não sou feminista. Nem machista. Eu acho que homem é homem, mulher é mulher. E viva às diferenças!

O que eu defendo não é a igualdade entre os sexos, mas o respeito entre os sexos.

Acho que se a mulher quiser queimar o pano de prato e resolver trabalhar fora, ela tem todo o direito. Vai ser até menos estressante pro casal e ainda vai aumentar o rendimento da família.

E acho que se o homem quiser ficar cuidando da casa, da comida, das roupas e das crianças, ele também tem todo o direito. Eu até gostaria muito de ter um desses, haha!

Se você pensar nos primatas, fazia sentido que os homens saíssem pra buscar lenha e caçar, eles são mais fortes e melhores nisso. E fazia sentido que as mulheres ficassem na caverna, elas são as mães, são mais cuidadosas e melhores nisso.

Mas isso não quer dizer que nenhuma fêmea servia pra caçar e nenhum macho conhecia tudo sobre cada um dos filhos. Muito menos hoje, que tem fogão a gás, comida no mercado, babás e escolas.

Por isso, meu conselho para as mulheres hoje é que não tentem igualar-se aos homens. Não queiram ser melhores do que eles. Não aceitem ser piores do que eles. Sejam apenas diferentes. Sejam vocês. Sejam mulheres.

Eu gosto muito de ser uma fêmea. Chamem de sexo frágil, chamem do que quiserem. Eu não trocaria os encantos e os poderes de ser mulher. De sentir, de compreender e de poder gerar vida.

Por isso, minha amiga, se em pleno século 21 você e o seu marido trabalham a semana toda e quando chega o domingo você acorda cedo, vai ao mercado, arruma a casa, lava a roupa (a sua e a dele), cozinha e lava a louça sozinha, enquanto seu marido vai da cama pro sofá, pra mesa e pro sofá de novo, quando ele gritar pra você (ainda na cozinha) levar uma cerveja pra ele, o mínimo que você faz é gritar de volta: "já era, trouxa! Tomei a última!".

Amem-se.

P.S.: Tá, eu sei que tem cólica menstrual e depilação, mas hoje vou desconsiderar some coisas. :D

P.P.S.: Obrigada pela ajuda com a foto, Bibi! ;*