quarta-feira, 30 de junho de 2010

Again


Talvez vocês estejam lembrados de um post no qual eu falava sobre a minha 21ª mudança. Pois em menos de uma semana farei a 22ª.

Ontem, indo pra loja, um galante amador começou a tentar me convencer a casar com ele. Enquanto ele falava o quanto se sentia sozinho e o quão próxima eu era da nora que a mãe dele pediu a Deus, eu pensava novamente nas minhas plaquinhas. Dessa vez queria ter uma dizendo "Please don't interrupt me when I'm ignoring you". Seria formidável. Não deu.

De repente ele falou algo que me chamou a atenção: "Aposto que você mora em Penedo. Você tem cara de quem mora em Penedo."
Eu olhei séria pra ele, pensativa, curiosa... quase interessada. Ele sorriu por ter conseguido alguma reação minha, ainda olhando pra ele coloquei os fones de ouvido, ele tirou o sorriso (bonito, até) dos lábios, eu olhei pra fora pela janela e fiquei pensando...

"Será que eu tenho cara de quem mora em Penedo? Será que esse lugar me puxa porque é como se eu pertencesse a ele? Será que minha casa nova não é tão provisória quanto pensei? Será que ficarei presa aqui pela eternidade?"

"Tá bom, Ludmilla, pára, pára. Sem paranóia. Se você ficar mais estressada, sua mãe vai te internar. Calma. Veja bem, não é tão ruim assim. Tudo bem que é fora de mão e não tem nem padaria perto, você vai voltar a passar umas horas do seu dia dentro do ônibus, vai ter que acordar mais cedo, mas tem ar puro, silêncio, pássaros, árvores, nada de poluição! Você vai dormir bem. Ouviu? Dormir bem! Agora presta atenção na música e pára de pensar bobagem. É Hotel California, você gosta, relaxa aí."

É... I'm so much screwed up, mas paz não é uma coisa que não tem preço?

terça-feira, 29 de junho de 2010

Como assim Game Over?

domingo, 20 de junho de 2010

Por que o amor é cego?


Desde a adolescência, a médica paulista Cibele Fabichak se perguntava sobre vários assuntos relacionados a amor, emoções e sexo. Quando entrou na faculdade de medicina, já no primeiro ano, apaixonou-se por fisiologia e começou a buscar as respostas nesta área para suas dúvidas. O resultado é o livro “Sexo, Amor, Endorfinas & Bobagens” (Editora Novo Século, R$ 29,90), em que a médica explica por meio de estudos científicos como funcionam os mecanismos da paixão e do amor no corpo e na mente.

A primeira pergunta da entrevista, portanto, não poderia ser outra: o amor pode ser explicado biologicamente? “Sim, já temos vários trabalhos para entender melhor como funciona o cérebro e os hormônios, além de outros elementos, como história pessoal, cultura e ambiente”, diz. Ela cita a antropóloga americana Helen Fisher, que classificou o amor em três etapas:
1ª – Desejo sexual, em que o principal hormônio envolvido é a testosterona.
2ª – Atração física ou sexual, caracterizada por grande euforia e felicidade intensa. Fase regida pelos hormônios que proporcionam bem-estar, como dopamina, endorfina e serotonina.
3ª – Vínculo duradouro, o amor.

Diante dessa classificação, outra pergunta é automaticamente respondida: o amor pode vir com o tempo. Mas, e o tal do famoso amor à primeira vista? De acordo com Cibele, seria mais correto dizer paixão à primeira vista. Segundo ela, o grande gatilho é olhar e gostar. Os estudiosos buscam explicação para esse comportamento nos homens primitivos: a natureza busca a procriação, portanto é importante que o macho (principalmente) tenha uma visão que o atraia. E esse mecanismo precisa agir rápido nos animais, porque o período fértil é curto para fêmea. “O ser humano herdou dos primórdios esse encantamento rápido pela fêmea. E esse comportamento é universal, de acordo com pesquisas feitas com vários povos”, afirma a médica.

A mulher também é atraída pela visão, mas nem tanto. Para ela é importante visualizar também o aspecto emocional no homem. E aí entram outros elementos: cultura, bom humor, status social, se dá segurança, se é provedor. “A velocidade com que o homem se apaixona é mais rápida. Já a mulher demora mais porque ela precisa de tempo para avaliar”, conclui Cibele.

Por que o amor é cego?

Pesquisas demonstram que a paixão tem duração de aproximadamente 12 a 48 meses. “Esse seria o tempo para fortalecer a união, acontecer o ato sexual, a gestação e a criação do bebê (até que tenha certa independência, por volta dos 2 anos). A natureza faz as contas perfeitamente”, brinca Cibele.

E isso só é possível porque, quando o indivíduo está apaixonado, o sistema límbico (central das emoções) produz uma avalanche de substâncias que tornam o amado “perfeito”. Por isso se diz que o amor é cego, além ser uma boa explicação para escolhas erradas, casamentos precipitados e afins. Quando passa essa onda de prazer que distorce os novos julgamentos, o casal começa a enxergar o outro exatamente como ele é. Se os laços formados são fortes e existem outros elementos que ligam o casal além do sexo, a parceria continua.

A médica, no entanto, avisa que o principal ponto para a manutenção da união é o novo. “O casal deve realizar atividades novas, como um jantar romântico de vez em quando, tentar posições sexuais diferentes, planejar viagens etc.”, aconselha. “A cada novidade, nosso cérebro ativa as substâncias que trazem prazer”, diz.

Rompimento

Estudos mostram que a pessoa apaixonada se acostuma com as substâncias produzidas pelo cérebro que geram uma onda de prazer e satisfação. “Após a separação, é como se o cérebro estivesse ‘viciado’, por isso o indivíduo entra em estado de abstinência”, explica a autora.

Como resultado, pode-se citar a raiva, a busca intensa pelo parceiro e até o aumento do estado de paixão, já que são mantidas as atividades cerebrais que estimulam a paixão. “Essa fase pode demorar de dias a meses”, avisa a médica. E, a partir do momento em que cessam os estímulos do parceiro, a pessoa pode entrar numa fase de tristeza e depressão.

“Toda essa química do cérebro começa a diminuir e a estimular a atividade do córtex pré-frontal, região importante para o julgamento crítico, discernimento. Começa, então, a construção do ódio, o oposto do amor, e sentimento de total distanciamento, o que facilita o rompimento”, explica a especialista. Segundo ela, algumas exageram e chegam à vingança. Vários elementos, como educação, personalidade, cultura, ambiente, transtornos psíquicos etc., vão determinar se o indivíduo vai passar por essas fases e seguir em frente ou cometer loucuras de amor.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2010/06/20/fisiologia-explica-por-que-o-amor-e-cego.jhtm

sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago



"Há momentos assim na vida: descobre-se inesperadamente que a perfeição existe, que é também ela uma pequena esfera que viaja no tempo, vazia, transparente, luminosa, e que às vezes (raras vezes) vem na nossa direcção, rodeia-nos por breves instantes e continua para outras paragens e outras gentes."

segunda-feira, 14 de junho de 2010


Agora há pouco terminou a festa do aniversário de 2 anos da minha filha.
Quase não fiquei com ela.
Ela ficou brincando pra lá e pra cá, não dormiu o dia todo. Ficava entre chão e colos mil de avós, pai, amigos, padrinhos.
Eu joguei conversa fora com meus amigos, comi, bebi, ri... e quando as últimas pessoas foram embora e ficou aquele silêncio solitário perturbador de fim de festa na casa da gente, eu peguei minha filha, que estava dormindo no carrinho, troquei a linda roupinha pelo pijaminha dela e coloquei na cama.
Não importa o que aconteça, quanto tempo passe ou com quem ela fique, eu sou a mãe. Eu que vou cuidar depois. Eu que vou perder noites de sono. Eu que vou pegar no colo e colocar na cama.
E a confiança com a qual ela desmaia no meu colo de um jeito que não faz em nenhum outro colo é uma coisa que não tem preço.
Ser mãe é a melhor coisa do mundo.
E a minha filha é a melhor coisa que poderia ter acontecido nessa minha vidinha.