terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sintomas


A verdade é que eu sonho todas as noites, mas não me lembro depois que acordo. Ontem à noite tive uns três flashes do sonho que tinha achado que não tive. Essa noite devo ter sonhado com alguma coisa legal, acordei um pouco mais animada e não sei o porquê. Mas continuo estranha.

Uma das coisas que acontece em épocas estranhas é que eu perco a fome. É muito difícil alguma coisa me deixar sem fome. Ontem no almoço eu só comi salada. Eu nunca como só salada. Mas olhava pro arroz, por exemplo, e minha garganta fechava só de eu pensar. Tinha sorvete na geladeira e eu não quis comer. É o mesmo que oferecer banana pro macaco e ele falar "eca! Eu não comeria essa fruta nojenta nem que fosse o único alimento disponível no mundo".

Todo o resto do dia eu só coloquei café e uma fatia de pão de forma no estômago. Hoje comecei só com o café de novo e acho que na hora do almoço vai sobrar pra salada. Tô sem fome. Igual quando tomo algum remédio que tira o paladar e a comida perde a graça. Eu adoro comer, mas não nas épocas estranhas.

Hoje eu preciso estudar e fazer uns gráficos pra minha mãe, mas o que eu queria mesmo era meditar um pouco na cachoeira. Amanhã o pessoal do trabalho tá combinando de matar serviço e fazer isso lá em Penedo. Vou me esforçar pra ir junto, vai ser bom. No fim de semana minha comadre vai pro sítio e me chamou pra ir junto e, nossa, como eu queria mesmo ir! Aquele lugar é uma delícia! Mas tenho que trabalhar no sábado, fazer prova no domingo e acho que a minha criança não se comportaria numa viagem de duas horas.

Estranha é a sensação de o seu corpo estar muito pesado e a sua cabeça tão leve que parece que vai soltar do pescoço e sair flutuando por aí. Chego a sentir tontura.

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