segunda-feira, 23 de novembro de 2009

whatever


Tive um sono sem sonhos.
Acordei esquisita, tão esquisita como quando fui dormir, como se nem dormido tivesse.
Nessas horas o meu senso de humor desaperece 90%, eu fico quieta e séria. Não triste, não rude. Só distante. Vazia. É, vazia, acho que a palavra é essa.

De uns dias pra cá meus pensamentos começaram a fazer barulho demais. Eu não consigo me concentrar direito nas coisas porque parece que tem uma banda na minha cabeça. Tenho que ficar quieta, parada, tentando organizar minha cabeça. E não consigo. Fico mais disléxica, falo mais enrolado, perco a linha das conversas o tempo todo, esqueço o fim das frases assim que as começo. Estou admirada de ter feito bem as três provas do fim de semana.

Assisti Lua Nova no cinema e achei que pudesse sonhar com vampiros interessantes ou qualquer outro tipo de herói byroniano, ou com brigas animadas entre seres fortes e rápidos. Aí eu acordaria com aquela sensação de "uau!". Mas não. Meus pensamentos pararam de fazer barulho e meu quarto ficou tão quieto quanto... deixa eu ver, quanto o quê? Ah, como o deserto. Imagina o silêncio de um deserto à noite. Se você acender um cigarro vai ouvir o barulho da brasa subindo a caminho do filtro.

Pra não dizer que não dei nenhum sorriso hoje, vou contar que dei dois: um sorriso apaixonado quando, ao acordar, vi a carinha da minha filha dormindo encostada no meu ombro. E um sorriso de canto de boca quando recebi uma mensagem esclarecedora do Dé que me fez pensar que eu sou idiota.

Minha intenção não é um post antológico. Acho que vou parar por aqui.

Um comentário:

Wolv disse...

Vei!!
Como assim vc não sonhou com a batalha dos produtores de alho contra os vampiros?!?!